quinta-feira, novembro 23

Os Grafitis



A História do grafiti



A Palavra Graffiti vem do italiano "graffiti" que é plural de graffito. Graffito significa em latim e italiano "escritas feitas com carvão". Grafite vem da palavra "graphéin", que em grego significa escrever; sendo também o nome que se dá ao material de carbono que compõe o lápis, de onde se conclui que graffiti tem tudo a ver com escrever com carvão.
Mas vamos deixar de lado as terminologias e origens da palavra e vamos ao que interessa. Graffiti é um termo tão antigo quanto a velha Roma. Os antigos romanos, na sua sociedade, tinham o costume de escrever com carvão nas paredes das suas construções de manifestações de protesto, palavras proféticas, ordens comuns e outras formas de divulgação de leis e acontecimentos públicos, como se fossem mensagens em cartazes.
Alguns graffites que foram encontrados em tumbas são datados de 79d.C. . Com isso é possível ver que não é de hoje que o homem tem necessidade de contestar e se expressar.
Se analisarmos em termos mais genéricos ainda, até mesmo as pinturas rupestres, dos homens das cavernas, podem ser consideradas uma forma pré histórica de graffite.
Mas vamos voltar para a nossa história: milhares de anos depois destas civilizações, sem que acontecesse praticamente nada parecido com graffiti, no final da década de 60 e início da década de 70 no nosso século, jovens do bairro do Bronx reestabeleceram esta forma de arte, mas desta vez não com carvão e sim com tintas spray, criando um novo diálogo de grafite, colorido e muito mais rico, tanto visualmente quanto no conteúdo de mensagens que eram passadas.
Há duas teorias que explicam a origem dos graffiteiros modernos e uma complementa a outra: Há quem diga que o graffite surgiu do hip hop,( Cultura de Rua originária dos guetos americanos que une o rap, o break, e o graffiti ). A outra afirma que o grafite tenha surgido em Nova York e de lá se espalhou pelo mundo.
Desde o início os artistas eram chamados de writers ( escritores ), costumavam escrever os seus próprios nomes ou chamar atenção para problemas do governo ou questões sociais da realidade que viviam.
Tais desenhos eram feitos, na maioria em trens, porque o verdadeiro interesse do graffiteiro era passar aquela mensagem para o maior número de pessoas.
Outro modo de passar a sua mensagem eram os muros das cidades. As teorias unificam-se a partir do momento que se aceita que os graffiteiros ou escritores de trens, fossem os mesmos integrantes das gangues dos guetos de Nova York. Não podemos esquecer ainda que neste período século XX, nos grandes centros urbanos, as academias e escolas de arte começaram a entrar em crise e a cair no conceito dos jovens artistas, que queriam uma linguagem nova, mais direta, mais humana e que mexesse com as pessoas, fazendo assim com que esse tipo de arte fosse bem aceita por um público mais comum.
Com isso ocorreu um avanço no mundo do graffiti, graffiteiros criaram as chamadas "tags" que são na verdade como uma marca registada, ou seja, as suas assinaturas. Alguns até criam figuras, personagens, usados nos seus grafites, os chamados "bonecos".
Para finalizar, o graffiti surgiu nos EUA e hoje está nas maiores cidades do mundo.


O graffiti salta aos olhos nos grandes centros urbanos. É considerado por muitos como um acto de vandalismo, uma vez que suja as paredes de enormes edifícios, muitas vezes edificações históricas. O graffiti está ligado a movimentos como o movimento hip-hop. Enquanto que as mentes manipuladoras tentam passar a imagem de que os seguidores desses movimentos tentam mascarar impulsos de vandalismo com discursos de vitimizaçao, na realidade esta expressão legitima é utilizada como veículo para se revelar realidades oprimidas, realidades essas sem força perante pressões governamentais. Desta forma, o que e vandalismo para muitos é um considerável instrumento de protesto contra as condições das classes menos previlegiadas para outros que nesta expressão encontram forma de obrigar a cidade a contemplar a sua miséria.




Pesquisa de:
Cláudio A.
Pedro T.
Rui C.
Ruben A.

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