quinta-feira, janeiro 25

Biografia de Atletas Portugueses





Carlos Lopes


O atletismo surgiu por acaso. Numa correria com amigos, durante a noite, ao voltar de um baile (correndo em parte para afastar o medo que o vento uivante lhe fazia), Carlos Lopes foi o primeiro, batendo um grupo de rapazes da sua idade que treinavam regularmente e já se dedicavam ao atletismo. Foi nesse grupo de adolescentes que nasceu a ideia de criar um núcleo de atletismo no Lusitano de Vildemoinhos.
A primeira prova oficial de Lopes foi numa corrida de São Silvestre; tinha 16 anos. Lopes ficou em segundo lugar, apesar da presença de corredores bem mais experientes. Pouco tempo depois, ganhou o campeonato distrital de Viseu de crosse, e quase de seguida foi terceiro no Campeonato Nacional de Corta-mato para juniores. Essa classificação, levou-o pela primeira vez ao Cross das Nações, em Rabat, Marrocoss. Lopes foi o melhor português, em 25º lugar. Lopes tinha então 17 anos.
Primeiro Campeonato do Mundo
Em 1976, Lopes ganha pela primeira vez o Campeonato do Mundo de Corta-mato, que nesse ano se realizava em Chepstown, no País de Gales. Como mais tarde viria a demonstrar, Lopes fez uma corrida demonstrando uma enorme autoconfiança, mostrando resistência, sentido táctico e muito boa final.
Era a primeira vez, desde há décadas, que Portugal conquistava uma medalha olímpica, e a primeira vez no atletismo.



Rosa Mota



Rosa Maria Correia dos Santos Mota, conhecida apenas por Rosa Mota, (Porto, 29de Junho de 1958) é uma atleta portuguesa já fora de actividade. Tornou-se conhecida principalmente pelas suas prestações na Maratona, sendo considerada por muitos como uma das melhores corredoras do século XX nessa especialidade.
Em criança corria pelas vielas da Foz para fugir ao medo do escuro. Nessa altura o atletismo não era a sua grande paixão, preferia a natação e o ciclismo. Foi obrigada a optar pelo atletismo porque era a modalidade mais económica.
Em 1980 conheceu José Pedrosa que viria a ser o seu treinador. A primeira maratona feminina que existiu, decorreu em Atenas na Grécia durante o Campeonato Europeu de Atletismo em 1982, foi também a primeira maratona em que Rosa Mota participou; embora não fizesse parte do lote das favoritas, Rosa bateu facilmente Ingrid Kristiansen e ganhou assim a sua primeira maratona.
Em 1980 , Rosa Mota padeceu de estranha doença : asma de esforço. Saiu do FC Porto e foi para o CAP. Valeu –lhe o médico e amigo José Pedrosa que a tratou e lhe lançou o desafio da maratona .
Nessa altura o seu treinador era Pompílio Ferreira.
Em 1982,em Atenas, sagrou-se Campeã da Europa exactamente no percurso feito pelo soldado Filipíades para anunciar a victória sobre Tebas na batalha de Maratona. Esta foi a primeira vez que correu uma marota.

CAMPEONATO DO MUNDO DE 83
Na Maratona do 1º Campeonato do Mundo de Atletismo, realizado em Helsínquia, Rosa Mota andou metade da Maratona no pelotão da frente. Depois caiu para o 10º lugar, recuperado muito na parte final. Ficou no que alguns consideram o pior dos lugares, o quarto, a 37segundos da medalha de bronze. Bateu claramente o seu record pessoal mas não chegou para medalhas.
Aos 20 km foi atacada pela dor ciática que a apoquentava havia dias. Reencontrou-se e passou muitos atletas.
O sucesso passou a ser uma das imagens de marca de Rosa Mota que invariavelmente, termina bem classificada em todas as maratonas de prestígio. Na primeira maratona olímpica que decorreu em Los Angeles em 1994, ganhou a medalha de bronze. O seu recorde pessoal da distância foi conseguido em 1985 na maratona de Chicago com o tempo de 2 horas, 23 minutos e vinte e nove segundos.
Em 1986 é campeã da Europa e em 1987, campeã do Mundo em Roma; em 1988, ganha o ouro olímpico em Seoul, quando a 2 quilómetros da meta atacou Lisa Martin, ganhando com treze segundos de avanço.
Em 1990 voltou a Boston para ganhar essa corrida pela terceira vez, vencendo desta vez Uta Pippig. Depois disso, Rosa foi a Split, defender o seu título de Campeã Europeia da Maratona. Atacando desde o início, Rosa Mota chegou a ter um avanço de um minuto e meio sobre Valentina Yegorova que no entanto, aos 35 quilómetros conseguiu apanhá-la; as duas lutaram arduamente pela vitória que no final, sorriu a Rosa Mota com apenas cinco segundos de vantagem. Até hoje (2005), a conquista da maratona por três vezes em Campeonatos do Mundo, tanto feminino como masculino, é um exclusivo de Rosa Mota
Considerada uma Embaixatriz do Desporto, ganhou o Prémio Abebe Bikila pela sua contribuição no desenvolvimento do treino das corridas de longa-distância. Este prémio foi-lhe atribuído no final da Corrida Internacional da Amizade, patrocinada pelas Nações Unidas e entregue antes da maratona de Nova Iorque.
A nossa Rosinha, como é carinhosamente apelidada por muitos portugueses, é uma das personalidades mais populares do desporto em Portugal no século XX, juntamente com Eusébio, Carlos Lopes e Luís Figo.
Em 2004, Rosa Mota transportou a chama-olímpica pelas ruas de Atenas antes dos Olimpíadas de 2004.
No Brasil, Rosa Mota também tem grande popularidade já que é a maior vencedora feminina de todos os tempos da mais famosa corrida de rua do país, a Corrida São Silvestre, disputada nas ruas de São Paulo anualmente no último dia de cada ano. Rosa venceu a prova por cinco vezes.



Francis Obirah Obikwelu



Francis Obirah Obikwelu (Onitsha, 22 de Novembro de 1978) é um atleta português nascido na Nigéria Obikwelu é especializado nos 100 e 200 metros.
E o actual recordista europeu do 100m com um tempo de 9,86s.
Ganhou a medalha de ouro no Campeonato da Europa de Atletismo de 2002, apesar de ter terminado em 2.º mas a vitória foi-lhe atribuida 4 anos depois face à revelação do uso de doping por parte do vencedor da corrida de 2002, Dwain Chambers. Venceu os 100m nos campeonatos europeus em 2006 com tempo de 9,99s e os 200m com 20,01s. Ganhou também a prata na prova dos 100 m nos Jogos Olímpicos de Verão de 2004 em Atenas. Foi a primeira medalha de sempre para Portugal em provas rápidas e foi também o record Europeu dos 100m livres com uns impressionantes 9,86s.

Da Nigéria para Portugal
Obikwelu radicou-se em Portugal com 16 anos, depois de aí participar no Campeonato do Mundo de Juniores de 1994. Depois de ser rejeitado pelo Benfica e pelo Sporting, Francis foi trabalhar para a construção civil no Algarve. Decidiu aprender o português e o seu professor ajudou-o nos contactos com o Belenenses, onde recomeçou a correr. Continuou no entanto a competir pelo seu país de origem.
Adquiriu a nacionalidade portuguesa em Outubro de 2001
A sua história de vida, a sua personalidade, os seus sucessos desportivos tornaram-no como uma figura popular no seu país adoptivo.
Actualmente treinas em Madrid, Espanha.





Trabalho de pesquisa elaborado por:
Cândida M.
António R.
Carolina C.
Raquel P.
Liliana O.

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